Homenagem

Lá na mata canta o Tetéu, um passarinho de tom fiel. Canta forte, canta bonito, faz até silêncio virar infinito. Mas num certo dia, vejam o plano, voou baixinho no Banco Bozanno. Cantou na fila, encantou gerente, o povo esqueceu até o extrato pendente. O caixa parou, cliente sorriu, até o sistema não resistiu. Naquele momento ficou provado: um canto de Tetéu vale mais que o saldo. E assim segue o rei do ar puro, com voz tão pequena e valor tão seguro. Se o mundo é dinheiro, cifra e papel, o tesouro é o canto do nosso Tetéu.